Realizar o sonho de um casamento lindo não é tão difícil quando comparado ao desafio de viver um casamento feliz para o resto da vida. Afinal, a festa é um dia especial, o relacionamento é uma vida. O dia especial é um evento planejado, a vida é uma sucessão de dias comuns, imprevistos, rotina e todas as coisas boas e não tão boas que acontecem o tempo todo. Surge a pergunta então, será que depois do “sim” ainda é possível o “felizes para sempre”? A resposta é sim, é possível ser feliz, desde que você abra mão de ser feliz. Hein?! Como assim?! Calma, vou explicar, mas primeiro, leia comigo o que um rabino judeu disse há dois mil anos atrás:
“Aqui está um guia simples e objetivo de conduta: pergunte a você mesmo o que quer que os outros façam a você, e, então, faça o mesmo a eles”. Estas são palavras de Jesus, registradas no Evangelho de Mateus, capítulo 7, na tradução bíblica A Mensagem. E são palavras que, independentemente de sua religião, representam uma pérola de sabedoria e lógica irretocável. São palavras que se aplicam a todos os relacionamentos da vida, mas que se direcionarmos ao casamento, veremos que Jesus subverte o desejo comum de casar para ser feliz. Ele propõe que vivamos para fazer o outro feliz. Simples assim: pergunte a si mesmo o que te faria feliz, e faça ao seu cônjuge! Agora, imagine um casamento em que os dois vivessem segundo esta regra.
Um marido que decidir se levantar todos os dias de manhã e tratar a esposa o dia inteiro como gostaria de ser tratado, certamente colherá bons frutos desta decisão. Sua esposa responderá de modo positivo, pois gentileza gera gentileza, carinho gera carinho, respeito gera respeito, sexo gera filhos e... ops, desculpe, me empolguei!
Uma esposa que se propõe a tratar seu marido como ela mesma gostaria de ser tratada vai fazer de seu marido o homem mais feliz do planeta.
Um casal que decidir viver assim, vai criar um círculo virtuoso que só aumenta o prazer e a felicidade de viver a dois.
É claro que em alguns momentos não é fácil obedecer a esta regra. Há momentos em que o caminho do revide, da resposta áspera, da indiferença parece mais fácil. Mas não compensa no longo prazo. O que se propõe é viver plantando coisas boas, e a natureza nos ensina que você certamente colhe o que planta.•
Texto: Onésimo Ferraz
