O
casamento em sua origem, principalmente entre os povos orientais, eram feitos
através de rituais de uma aliança de sangue, não havia o contrato escrito. O
ritual da aliança era um compromisso irrevogável e indissolúvel. A quebra deste
rito era punida com a morte.
Em seus
termos a aliança estabelecia que tudo que é de um, também é do outro, incluindo
família, bens, inimigos, dívidas...
Cada
sociedade tinha seus rituais para estabelecer uma aliança de sangue, dentre
eles:
- Troca
da roupas ou acessórios: usavam se roupas especiais, de preferencia que
imputavam respeito, tipo mantos ou qualquer outro símbolo material (cajados,
cedros, coroas, anéis etc).
- Corte
na mão, pulso ou rosto, para a mistura do sangue.
- Morte
de um animal para derramar o sangue em simbolismo à aliança.
-
Refeição Memorial, em homenagem a ocasião.
- Troca
de nomes (o mais forte oferecia o nome ao mais fraco).
Nem todos
estes ritos precisariam ser feitos para se estabelecer uma aliança, bastava
apenas um ou alguns.
O casamento
antigo, não se cogitava a separação. Muitas vezes eram arranjados pelos pais
visando bens e paz, uma vez que, dois reinos, duas famílias que tivessem seus
filhos unidos pelo casamento se tornavam aliados.
Praticamente
se mantem todo o ritual de uma aliança de sangue em uma cerimônia de casamento,
mesmo nos tempo de hoje, apesar de se ter perdido todo o significado e ter se
tornando apenas um contrato, que pode ser revogado a qualquer momento pelo
divórcio. Os noivos se vestem suntuosamente, com roupas especiais para a
ocasião, tendo como símbolo da união dois anéis (alianças) usados no dedo
anular da mão esquerda. A mistura do sangue se daria no momento do ato sexual,
quando ainda se é virgem. A refeição memorial seria o tradicional jantar de
casamento. E a troca dos nomes aconteceria quando a noiva recebe o nome do
marido, que segundo a tradição do ritual é a parte mais forte da aliança.
É claro,
que hoje muitos casais não tem mais esta mentalidade. Mas é importante
conhecermos a origem para entendermos a importância. O Casamento esta meio que
banalizado, muitos estão mais preocupado com o “evento” do que com a
convivência depois. O pensamento geralmente é de que se não der certo a gente
se separa! Simples assim...
Interessante
que com a evolução dos direito e liberdade das mulheres, que antes eram
subjugadas por seus maridos “machões”, era para que os casamentos fossem mais
duradouros, pois não seria mais um sobre o outro. Mas dois lutando,
conquistando, crescendo juntos, com a força do amor que os uniu. E muitas vezes
o que vemos é uma competição, uma falta do respeito, a banalização de um
sentimento.
Portando,
as pessoas casam-se hoje por vários motivos, para mostrar aos outros que tem um
marido ou esposa, buscar estabilidade econômica e social, para formar uma
família e ter filhos e ter um parceiro sexual. Esta união tem que ser regada
com amor, com compreensão, às vezes tem que ceder para prosseguir. Os olhos tem
que estarem bem abertos antes do casamento e meio fechados depois.
O
divorcio em sua maioria não traz boas consequências para o casal e muito menos
para os filhos, então procure casar pensando na seriedade de uma aliança de sangue,
e tenha um casamento forte e blindado contra os ataques externos à este
matrimônio.
Texto de: Claísa Deiró
Texto de: Claísa Deiró