sexta-feira, 21 de junho de 2019

CORTANDO O CORDÃO UMBILICAL



Vamos falar da necessidade de cortar o cordão umbilical pela segunda vez, ou seja, como lidar com a necessidade de separarmos de nossos pais, quando nos casamos. 

Por que é necessário nos "separarmos" de nossas famílias de origem? Bom, pergunte a qualquer marido ou esposa se gostam de ter seu cônjuge sempre comparando a nova vida com a antiga! São comuns os seguintes problemas: 

Maridos que comparam a comida feita pela esposa com a da mamãe 

Esposas que querem manter o antigo padrão de vida, proporcionado pelo papai, e não entendem que o marido ainda está começando na vida profissional 

Pessoas casadas que dependem financeiramente e/ou emocionalmente de seus pais 

Pessoas que quando vivem conflitos conjugais vão e contam tudo pros pais ou irmãos. Isso pode gerar desgastes às vezes muito difíceis de reparar, pois o casal se entende, mas a mamãe, o papai ou os irmãos vão ficar ressentidos com o novo membro da família por muito tempo. 

Não é à toa que o texto milenar da Bíblia, em Gênesis 2, verso 24, nos diz como as coisas deveriam ser: 

"por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne". 


A sabedoria da Palavra de Deus nos ensina que, para que a união da nova família seja bem sucedida, é preciso deixar a anterior. Será que isso significa romper relações com os pais e irmãos? Claro que não, afinal isso contraria todo o resto das Escrituras. O que significa então, deixar pai e mãe? 

Significa cortar o cordão umbilical da dependência emocional. Vocês se casaram? Meus parabéns, agora tratem de amadurecer, aprendendo a solucionar conflitos, enfrentar seus medos e problemas juntos, sem correr para o colo dos pais. Claro que os pais continuarão à disposição como conselheiros, orientadores, mas entenda, seu casamento será muito mais forte à medida em que vocês deixarem de depender emocionalmente deles, e se apoiarem um no outro. 

Deixar pai e mãe, em segundo lugar, significa assumir a responsabilidade pelo sucesso de sua família. Enquanto crescemos com nossos pais, eles são os chefes do lar. Qualquer sucesso ou fracasso é atribuído a eles, e nós nos vemos como seus dependentes. Normal. Mas ao nos casarmos, assumimos a direção de uma nova família. Então, não importa que tipo de família te trouxe até aqui, a partir de agora, você é responsável por sua nova família. Assuma esta responsabilidade e privilégio. 

Em terceiro lugar, é preciso tornar-se provedor / provedora de sua casa. Nem sempre a vida começa tão boa, em termos materiais, como era na casa dos pais. Às vezes começa até melhor, mas muitas vezes também começa com mais limitações. Então, ao invés de comparar, de depender financeiramente, é hora de trabalhar juntos para viver sua própria realidade, que pode vir a ser muito melhor do que a vida anterior, desde que o casal permaneça unido. 

A quarta e última lição que gostaria de compartilhar, baseada no texto de Gênesis, é que a sua família, iniciada no dia de seu casamento, deve ser a prioridade. Isso significa que é preciso esforço para aprender a conviver com uma pessoa que vem de uma cultura familiar diferente da sua, e juntos criarem uma nova cultura, uma nova família. Isso só acontecerá se ambos priorizarem seu lar. Fazer do seu casamento seu maior projeto pessoal. Se você tem pais dominadores, que interferem, dão palpites ou querem direcionar sua vida, é preciso, com amor e respeito, deixar claro que cada um deve cuidar de sua própria casa. Se isso não for feito, prepare-se, turbulências estão a caminho! 

Finalizando, muita gente fracassa no casamento porque quer ser casado com os privilégios de solteiro! Isso não funciona. Agradeça a seus pais pela vida que lhe proporcionaram, mas deixe isso no passado, como sua plataforma de vida, e decole para uma nova vida, junto com seu parceiro / parceira. Assim como ao nascer você precisou separar-se de sua mãe para viver, o casamento só vai se realizar plenamente quando o cordão umbilical que une você à sua família for cortado. 

Sucesso pra você, até a próxima!

Texto: Onésimo Ferraz

Nenhum comentário:

Postar um comentário