Num Verso de Nostalgia

Com o corre corre diário, raramente paramos para ouvir histórias de pessoas que tem muito a dizer e ensinar. Dificilmente damos uma pausa para refletir sobre nossas atitudes para com aqueles que amamos, porém conhecer uma senhora, com traços amigáveis e palavras cheias de sentimento, me fez repensar melhor acerca de uma boa relação no matrimônio.

Não sou casada, mas espero um dia chegar lá. Desde jovem idealizei muito um tipo ideal de relacionamento e aprendo cada vez mais com os fatos vividos que a mim são apresentados. Falar com a dona Joana D’arc Abrão foi pra mim além de um prazer, uma experiência única, na qual levarei para o resto da minha vida. Durante nosso bate-papo, não consegui conter as lágrimas que escorriam sob minha face. O porquê disso? Simplesmente o amor. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre sua história, e como ela fez para manter um casamento de 39 anos.

Pois bem, falar sobre um casal tão apaixonado como Miguel Abrão e Joana D’arc é muito gratificante. Eles se casaram no dia 6 de maio de 1972, na Igreja São Judas Tadeu e no início da vida de casados enfrentaram situações difíceis, como dívidas, mudança de vida e também com a falta de dinheiro, mas isso tudo não foram fatores que definiram a felicidade dos dois. Eles trabalharam juntos e conquistaram tudo que tem hoje. Joana D’arc discorda das mulheres que costumam ficar em casa, para ela, qualquer pessoa que fique mais ociosa pode prejudicar o bom andamento da relação, falando palavras que talvez não precisassem ser proferidas.

Durante nosso bate-papo, pedi algumas dicas que ela na prática usou em seu casamento para que ele fosse duradouro e feliz, com doces palavras Joana disse que é mais simples do que imaginamos. Primeiramente não se deve idealizar a pessoa na qual iremos nos casar, pois a perfeição não existe em nenhum ser humano, e depois do casamento não é a hora para descobrir que seu príncipe ou princesa encantados não tem defeitos. Um segundo passo para uma relação feliz é a admiração, que deve ser recíproca. Isso talvez seja um dos principais nutrientes para o casamento, se essa admiração for perdida, tudo foi em vão.

Em seus quase 40 anos de casada, Joana nunca deixou de receber flores e cartões do seu amado marido, em todo aniversário, dia dos namorados e aniversário de casamento, Miguel fazia questão de presentear sua esposa com mimos e surpresas, para eles o romantismo nunca faltou, inclusive nos momentos a dois. Joana revelou que mesmo com três filhos, nunca colocou nenhum deles para dormir com o casal, isso fazia com que a vida íntima fosse afetada. Ela conta que todos esses detalhes fazem a diferença, pois mulher gosta de se sentir única e amada.

Mas para as mulheres ela também deu dicas valiosas. Sabe aquela camiseta rasgada que você talvez use para dormir? Se desfaça dela imediatamente. Lembra que durante seu namoro, seu marido nunca a viu despenteada ou sem maquiagem? Então, continue fazendo isso! Homens são visuais, gostam de sempre ter uma mulher cheirosa e bem arrumada para eles, se você não fizer isso quem fará?

Outro ponto interessante é o apego. “Mulheres não sejam pegajosas”, disse a dona Joana, que por experiência própria soube lidar com isso. Evite dar uma de detetive pesquisando cada passo que seu marido dá, claro que nós temos esta tendência natural de proteger o que é nosso, porém, faça com tato para não assustar seu amor.

Sempre que possível saia para um passeio a sós, um cinema, um jantar a luz de velas sempre é bom para relembrar os momentos vividos no namoro e que talvez tenham sido esquecidos, recordar é viver, por isso faça com que tudo seja lembrado com carinho, isso aquece a chama do amor entre o casal, e faz com que os motivos por estarem juntos venham a tona.

Por fim, mulheres e homens, façam o melhor por seu parceiro, lute por seus objetivos e sonhos. Tomem para si a causa do seu companheiro. Com essas dicas e muitas outras Joana D’arc e Miguel viveram lindas histórias, porém, esses versos nostálgicos não terminam aqui. Em breve mostraremos na Revista Bem Casados e Festas Infantis, todos os atos de amor que fortaleceram os dois e serviu de inspiração para seus três filhos e para todos os casais apaixonados que lutam pelo eterno laço do casamento.

Por Mônatha Castro